Quase dez anos depois, ainda sinto como se fosse ontem, a dor da perda, a ficha que não caira, a falta que fizera.
Conformado sim, triste as vezes, mas não quero esquecer jamais, decidi então eternizar.
Dizer com palavras, lagrimas, momentos e dor o quanto ele fora importante para mim.
Talvez algum dia eu viria a esquecer, duvido muito, mas a arte de se expressar traz um presente agradável de se poder reviver esses momentos.
A memória de hoje para coleção me leva a um parque, não um parque comum, o parque do meu pai. Ele trabalhava ali. Minha felicidade então era poder estar com ele e ser criança, ser feliz. E nas coisas simples como andar em um carrinho de brinquedo eu ainda encontro forte a lembrança e presença dele. A forma, o cuidado que ele tinha por mim. Falhara por deixar o vício atrapalhar sua atenção, mas quando se é novo, isso não é nada demais. Um algodão doce, uma pescaria, hora de ir embora. E então a memória se vai com um borrão branco tomando conta da continuação.
Quem dera pudéssemos tudo eternizar.
#pai